Marilu Camburão

Ex-sargentos gays abrem processo contra Rede TV! e Luciana Gimenez. Eles querem 500 mil

Rede TV e Luciana Gimenez são processadas por casal de sargentos gays. Eles pedem 500 mil por dano moral

Fernando Alcântara pede 500 mil reais por dano moral O ex-sargento do exército Fernando Alcântara e seu companheiro Laci de Araújo, também ex-sargento, abriram um processo por danos morais contra a Rede TV! e a apresentadora Luciana Gimenez por conta de um vídeo apresentado no programa Superpop em 2008 que, segundo os autores da ação, ofenderam a dupla. Os sargentos pedem 500 mil reais por danos morais e também que a emissora paulistana retire do ar todos os vídeos que mostram uma entrevista fictícia dos sargentos exibida dentro de um quadro de humor do Superpop. No quadro exibido pelo programa (que você confere na íntegra abaixo) dois atores interpretam Fernando e Laci - que ficaram conhecidos em todo o país ao assumirem sua homossexualidade na capa da Época - entrevistados por um imitador da jornalista Marília Gabriela. Ouvido pelo MixBrasil na tarde desta terça-feira, 7, o sargento Fernando Alcântara revelou os motivos levaram o casal abrir o processo.“O principal motivo é a sátira desrespeitosa e totalmente aviltante a nossa dignidade que ainda é motivo de chacota pois está vergonhosamente exposta até a atualidade. Fato que de forma comprovada demonstra o caráter abusivo da edição e a formatação do próprio programa que expõe ao ridículo situações como a vivida por nós”, afirmou ele.O casal poderia processar a RedeTV!, responsável por todo o conteúdo que veicula, mas também resolveu incluir no processo a apresentadora Luciana Gimenez. “Suas considerações [da apresentadora] quando do início e término do vídeo intitulado: "Humor em edição extraordinária", exatamente quando o contexto de nossa emblemática resistência contra a arbitrariedade e preconceito no Exército se encontrava no auge - o Laci tinha sido torturado e permanecia preso, estampa esse caráter de descompromisso com a seriedade exigida nestes casos e o respeito à dignidade dos seres humanos”, conta o ex-sargento. A Rede TV não quer comentar o caso.